(G)I-DLE retornou mais uma vez, e eu gostaria primeiramente de mostrar meu agradecimento a pessoa que criou o “copia e cola” na computação moderna, pois imaginem ter de escrever (G)I-DLE toda vez sem errar na digitação? Não é possível. Assim como também não é possível decorar todos os nomes das integrantes e nem sua discografia. Ouço K-Pop há 50 anos e não tenho tempo para amadorismos.
“Oh my God”, faixa lançada em 6 de abril deste mês e deste ano, é diferente de tudo que o grupo lançou anteriormente. Inicia-se com sons de sinos e corais de igrejas góticas que, por curiosidade, foram o epicentro da manifestação cultural hoje conhecida como emo e sua representatividade através do videoclipe são comoventes e palpáveis.
Logo no início vemos a menina fazer um esforço hercúleo para rastejar até uma parede com tecidos pendurados. Em outra sequência, outra integrante dança desnorteada pelo estúdio sem razão aparente – na verdade, a ausência de razão já caracteriza uma performance artística, criando assim a “não-razão”. É tudo tão contemporâneo que é notável a verticalização perpendicular fazendo alusão ao inferno de Dante Alighieri, onde jorra uma espécie de gosma vermelha nos rostos das meninas. Eu particularmente esperava um beijo lascivo, mas a arte sempre nos surpreende.
“Oh my God” também possui uma letra interessantíssima, na qual o amor pela música transcende e engana ouvintes incautos, porque a fé em Cristo é equivalente a crença dum possível apoio à comunidade LGBTQIA+, porém as gotas de orvalho celestial estão acima de todos. Isso mesmo, como bem mostra a cena em que lâmpadas são usadas para simbolizar uma cruz. O universo vanguardista estremeceu com tanta intertextualidade e metalinguagem visual. Por fim, (G)I-DLE, tal qual o nome do grupo, definitivamente quebrou e transgrediu literalmente os paradigmas da sociedade e computação modernas, um verdadeiro marco na indústria fonográfica mundial e espiritual com esta obra chamada “Oh my God”.
Carla tu se supera a cada dia mulher! terminei o primeir9 parágrafo achando ele insuperável, mas aí fui lendo o resto do texto kkkk, muito bom!
The zoeira não pode parar ahahahaha
Caramba, eu não tinha pegado nenhuma referência; pra mim era só um MV lindo com uma música bacana.
Também tenho preguiça de escrever o nome das (G)I-DLE, mas gosto delas. A Soyeon talvez seja hoje a idol mais autoral do k-pop (compõe e produz as músicas, pensa o conceito visual, etc.), mas minha bias é a Yuqi mesmo… AMO a voz grave dela, especialmente considerando como vocais femininos graves são raros no k-pop.
Também curto a diversidade de nacionalidades dentro do grupo. Se tivesse uma japonesa, já poderia ser decretado o grupo mais internacional do k-pop. Quem sabe um dia elas precisem substituir alguma das coreanas que queira sair pela Soyeon sempre roubar todos os holofotes pra ela…
Gosto de Soyeon e da menina da voz grave. Lembro que quando “Latata” saiu, achei muito marcante o arranjo na ponte (pré-refrão na linguagem convencional). Também gostei muito de “Lion”.
Então para você (G)I-DLE está no mesmo impasse que Everglow? Digo, no quesito holofotes.
Sim, basicamente.
Complicado…