Tenho muitos assuntos a abordar neste espaço, mas ao mesmo tempo eu não estou conseguindo simplesmente parar, respirar fundo e organizar cada coisa em seu devido lugar. Dito isso, lá vamos nós mais uma vez para uma reflexão profunda, absorta e filosófica sobre o existencialismo contemporâneo pós revolução tecnológica. Brincadeira, não vou fazer ninguém aderir à prática da autoimolação enquanto enfatizo que somos todos uma puta cansada.
Invés do pseudointelectualismo que acomete nossa juventude programada para responder aos estímulos pernósticos ™ de cliques e filtros pomposos, engajando curtidas com a dádiva da nossa dose de dopamina de cada dia, eu venho oferecer-lhes a chance de bradar seus sentimentos mais ocultos, sombrios e até mesmo vergonhosos. É setembro amarelo e não vou dizer que “tudo bem não se sentir bem”, pois quero que chutem o balde sem cerimônias ao som de Taylor Swift.
Sim, apreciemos a releitura de “Look What You Made Me Do”, feita com maestria pela banda norte-americana Our Last Night. De fato, nunca cheguei a apreciar o repertório de Taylor Swift, a sensação é sempre de estar num limbo musical flutuando enquanto observo centenas de pessoas serem absorvidas por uma matéria escura; um buraco de minhoca ou uma toca de coelho, fica a vosso critério.
Quanto à música, a releitura é unicamente incrível. Introdução, progressão de acordes certeiros, bateria com peso, riff do refrão agressivo e ótimos arranjos. Tudo isso batido no liquidificador deixa a harmonia bem evidente, a impressão é que a música está em constante movimento e, justamente por conta de todo este movimento, eu imaginei um fluxo de emoções. Ora, boas ou ruins, emoções são necessárias; são a antítese da estagnação. Por fim, se não houvesse Taylor Swift, não haveria a música acima. A princípio, nós podemos não enxergar afinidades, contudo as nuances estão lá. Fiquem bem!
Whatever Music Basement 
Muito boa mesmo!! E olha que Look What You Made Me Do é uma das músicas ruins da Taylor (aquelas em que ela deixa de lado seu maior mérito, que é o de compor letras intimistas contando uma narrativa, pra fazer um batidão genérico com uma letra fútil).
Imagina o que esses caras fariam se pegassem uma das músicas boas dela? Se bem que talvez tenha sido melhor mesmo pegarem uma música ruim e transformarem ela numa música boa.
Não sei se tu considera “Blank Space” boa, eles fizeram dela também. São muito bons!
Não é das melhores, mas é bem melhor que LWYMMD, sim. Vou conferir; obrigado pela indicação!
=)
Eu adoraria fingir que eu não conheço tanto da discografia da Taylor Swift quanto eu conheço
E que eu só ouvi as músicas que ficaram famosas
Porém, graças ao meu talento de por vezes gostar das músicas pela letra, fiquem aqui com outros covers que eu sem querer encontrei garimpando por aí
Mas o pior é que a discografia da Taylor em geral realmente É muito boa. Embora ela parecesse ter “emburrecido” nos singles dos álbuns 1989 e Reputation, as letras dela costumam ser muito boas; ela sabe usar as palavras e criar narrativas envolventes (normalmente sobre relacionamentos amorosos, sim, mas tem narrativas sobre a família dela, sobre amizades, sobre a experiência da transição da infância para a adolescência e depois para a vida adulta)…
Confesso que já fui fã dela nas eras Fearless até Red; depois ela foi mudando alguns aspectos no trabalho dela e perdi o encanto (e a forma como ela praticamente destruiu a carreira da Katy Perry por um motivo tão ridículo sem nem tentar primeiro se resolver por telefone também não ajudou; aquilo foi muito, mas muito mesquinho). Mas reconheço que, críticas à parte, as músicas dela podem soar xaropes muitas vezes mas a mulher sabe escrever.
Eu quero q ngm saiba mais por vergonha msm pq n acho q ela seja boa pessoa
Ai fica o famoso “ouço no sigilo”
Mas eu realmente curto as composições dela
O problema é a pessoa msm