WA DA DA, Kep1er: mil tretas e mil trutas

Enfim, chegamos ao ápice problemático deste meu espaço digital. Vamos discorrer um pouco sobre a estreia do grupo mais aguardado no K-Pop em 2022, Kep1er. Mesmo sendo fruto de mais um reality show que em edições passadas foram confirmadas várias fraudes. Pois é, mesmo todos os espectadores sabendo que seriam enganados, mais uma vez, ainda assim não deixaram o balde de pipoca de lado e foram lá assistir. Óbvio, pois a narrativa do oprimido nunca falha. Basta manipular algumas torturas emocionais que o público já corre sedento para defender os frascos e comprimidos. Não que as pessoas não sofram, existem milhões e milhões de pessoas sofrendo neste exato momento por motivos diversos. A jogada aqui é o truque de como se explorar uma imagem para ser projetada como a de quem “realmente” sofre. Isso funciona perfeitamente em diversos programas ao redor do mundo.

Quem deveria sofrer eram os ricos e bilionários, no fogo do inferno, de preferência, mas eles são dignos de todas as virtudes. Eles fazem muita caridade e, além de tudo, são gênios natos de genialidade incontestável. Por esses motivos, eu, Tia Carla, sou contra a taxação de grandes fortunas. Para nosso privilégio, vivemos numa época de grandes conquistas do entretenimento nas quais corporações gigantescas nos presenteiam com doses cavalares diárias de dopamina. Já até consigo imaginar a queda brutal no índice de suicídios e transtornos mentais pelo mundo. Às custas de trabalhos análogos à escravidão? Sim, mas esses contratempos já são previstos e minuciosamente calculados. Convenhamos, o que sai mais barato: pagar profissionais para fazer um acompanhamento apropriado de saúde física e mental, além de proporcionar um ambiente mais acolhedor para os empregados ou simplesmente foda-se? Pois então, fodam-se as pessoas. Normal. Você pensa o contrário? Então você que é anormal.

Até havia esquecido por um momento que estava escrevendo sobre um grupo de K-Pop. Peço um instante enquanto abro outra aba no meu navegador, digito “Kep1er integrantes” e aperto a tecla “enter”. Agora, arrastando o cursor do mouse sobre um nome, para depois selecionar a opção “copiar” clicando no botão direito e, em seguida, “colar” aqui: Huening Bahiyyih. Pronto, terminei. A partir de agora todos irão saber que ela, Huening Bahiyyih, ganhou tudo por mérito próprio – e não por ser irmã de um integrante do TXT. Só não é bonita. Essa menina é feia demais, Jesus Cristo. Gostei de outras integrantes, especialmente Shen Xiaoting, porém este fato nada tem a ver com meu apoio à grande potência que é a China. Povo guerreiro que travou uma verdadeira guerra contra a pandemia com punhos de aço e saiu gloriosamente vitorioso. Um verdadeiro exemplo para todas as outras nações, e ainda estamos testemunhando o andamento desse espetáculo humanitário, singularmente seu sistema carcerário. Que país!

Mais uma vez esqueci que o assunto principal era o Kep1er e sua música de estreia, “WA DA DA”. Vamos lá, tenho uma pergunta sincera para quem não gostou: que frescura do caralho é essa? Aliás, eu posso responder. É apenas para ficar mostrando print de sei lá quantas mil visualizações no Twitter. Literalmente você escreve qualquer bosta, depois levanta a grande alegação do século que é a porra do teu gosto pessoal, dá um aviso idiota de “poc periférica” (que merece, por isso só, levar um tiro de fuzil na testa) e outras “piadas muito legais, berro”. Finalizando, vale a pena checar as outras faixas do EP. Para quem gostou, está tudo bem. Para quem está se “divertindo” muito dizendo o quanto tudo é horrível, foda-se. Minha vida já é bastante desinteressante para ficar observando pessoas com vidas igualmente miseráveis achando que conseguem esconder essa pilha de insegurança e transtorno mental. E eu que me foda também. Povo acha minha escrita arrogante quando na verdade é só frustração e amargura de gente velha.

5 comentários em “WA DA DA, Kep1er: mil tretas e mil trutas

  1. Confesso que eu achei a final do Girls Planet 999 tão ruim (principalmente pela discriminação do público com as participantes japonesas e chinesas) que mal tive vontade de acompanhar o Kep1er. Ouvi “WA DA DA” uma vez, achei horrível, e apaguei da memória.

    O Queendom 2 acabou me fazendo ouvir de novo “WA DA DA”, e… não dá, continuo achando horrível (os “oh, oh, oh” felizes com a dancinha dos polegares são a única parte divertida). PORÉM, todavia, entretanto, as Kep1er parecem ser adoráveis, bastante humildes e fascinadas em concorrer com grupos veteranos (admirando até mesmo os grupos veteranos que estão “abaixo delas” em termos de sucesso, como Loona e Cosmic Girls), e isso é bem legal. E elas parecem bastante estáveis em canto em dança, com a Hikaru tendo um desempenho excepcional e a Bahiyyih, frequentemente acusada de só estar no grupo por nepotismo, cantando e dançando direitinho e mostrando carisma (e também estou achando ela bonita agora… pintar o cabelo de loiro, por mais banal que seja pra outras idols, valorizou MUITO a aparência dela).

    O Queendom 2, pelo menos por ora, conseguiu redimir o Kep1er aos meus olhos. Mas tomara que recebam músicas melhores pros comebacks que fizerem depois do programa, porque nem todo o talento da Hikaru foi capaz de salvar a agressão sonora que é “WA DA DA” na performance delas…

    1. Eu até separei um site pra assistir a essa nova temporada do Queendom. Mas como São Pedro resolveu criar um mini-apocalipse semana passada, promovendo uma chuva que mais parecia dilúvio e acabou dando curto num poste onde derrubou fios de internet, que por sua vez ferrou a minha internet. Agora tô fazendo puxadinho de wifi na casa da vizinha, não tá rolando de baixar muita coisa no momento. Talvez seja um sinal, ou um sinal de que eu só me lasco nessa merda. Não sei.

      Pra mim, Kep1er tem potencial pelas integrantes estrangeiras. Justamente por ser um fato elas serem discriminadas por uma lista de razões acadêmicas que dá sono – entendo o sentimento histórico até certo ponto, pois ele já extrapolou pra uma discussão ridícula como aquela do sorvete no Twitter. Não iria me surpreender se daqui a cem anos as pessoas continuarem culpando antepassados, convergindo pra pessoas espécificas, como integrantes de grupos no K-Pop; pois dane-se a lógica.

      Tratando de gosto pessoal, creio que lançamentos futuros vão eventualmente agradar mais pessoas e o Queendom serve de termômetro pra isso. Ainda quero assistir, se a VIVO resolver se importar em corsertar a conexão, claro.

      1. Devo dizer que se essa aqui tivesse sido uma música completa (e não apenas uma intro), teria potencial pra ser boa (ou pelo menos acima dos últimos grandes lançamentos no k-pop):

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