So What, LOONA e “shade”

Gargalhar, gargalhar e gargalhar. Eu quero chamar as pessoas de iludidas, apertar o dedo na ferida e ridicularizá-las até o ponto mais escuso de meu caráter. Eu realmente quero multiplicar essa mensagem para centenas de indivíduos para, logo em seguida, exibir com prosaico orgulho minhas conquistas numéricas. Quase sempre penso nisso. Na verdade, é a única coisa que penso. Mas antes preciso das justificativas regradas pela minha baixa autoestima. Por qual razão? Ora, um lançamento musical dentre milhares que saem todos os dias. É um sentimento poderoso, entenda.

Debochar é uma verdadeira arte, daquelas onde a ofensa refratará pela música. Rap agressivo? Não. Falo deste lixo sonoro aqui:

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Purpose, Taeyeon

Taeyeon retornou recentemente com seu novo álbum de estúdio, “Purpose“, e de acordo com sua gravadora, a SM Entertainment, o título “Purpose” significa que ele levará os objetivos de Taeyeon como pessoa e cantora mostrando como a música se tornou o maior propósito e direção em sua vida. Pois bem, analisemos então!

“Here I Am” abre o disco como uma peça grandiosa, cordas pesadas que remetem a um espetáculo teatral. Nada incomum no repertório de Taeyeon, baladas são seu território, porém aqui já indica uma direção mais amadurecida para as canções seguintes.

“Spark”, faixa título, segue o curso de modo mais acelerado. Com influências do R&B tradicional flertando o contemporâneo, o ponto alto definitivamente é o refrão acompanhado pelos vocais de apoio evocando a música Soul. Um brilho à parte, com certeza.

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DDU-DU DDU-DU, BLACKPINK e explicações eruditas

BLACKPINK finalmente fez seu retorno no meio deste mês de junho, com uma canção que, possivelmente, veio mais para o desgosto que para a alegria de muitos. Antes do lançamento oficial de “DDU-DU DDU-DU”, pensei diversas vezes comigo, quase como um mantra, que eu queria gostar para poder comentar sobre. Pois bem, cá estou. Não vou ignorar possibilidade de ocultismo e satanismo desta vez, entretanto. Lançamentos passados como “So Hot” e “Whistle” conseguiram o grande feito de atravessar os alicerces de mármore, que por sua vez preservam algo muito precioso, o meu coração de pedra agora tocado.

Curioso como passei a madrugada inteira conversando com um amigo sobre as escolhas feitas nesta música, comparações com outras faixas e termos musicais, explicações teóricas e práticas, conversa muito agradável e proveitosa. Embora, no final, não chegamos em conclusão alguma. Na verdade, o conceito de compreensão e criação é largamente amplo, então tentar “desvendar” as escolhas feitas em “DDU-DU DDU-DU” seria apenas achismo de nossa parte. Portanto, decidi trazer algo mais palpável para algumas possíveis dúvidas.

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Termos técnicos, um guia

Cá estava eu procurando algo relacionado ao título e conteúdo desta postagem, então tive a ideia de fazer uma busca no Google pelo termo “technical”. Melhor decisão que fiz essa noite, pois um dos resultados a aparecer foi o duo de violoncelistas croata 2CELLOS. Faz uns dois anos que me falaram da dupla, confesso que ouço pouco, portanto irei me redimir publicando esta excelente releitura da música “Technical Difficulties”, que pertence à banda norte-americana de Heavy Metal chamada Racer X. E também com o intuito de entreter vocês durante as explicações entediantes a seguir.

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Um pouco de R&B

Gêneros como Jazz, Blues, R&B e Soul estão profundamente enraizados na cultura afro-americana, tendo o Jazz como precursor, era uma forma de resgatar as raízes africanas e emergiu entre os anos de 1890 e 1910. Mesmo com a abolição da escravidão em 1865, o Jazz ficou restrito aos guetos até chamar a atenção da elite pelas particularidades de suas composições vários anos depois e, composições essas, que são usadas na música popular nos dias de hoje. Eu não tenho como resumir uma história tão extensa, então peço humildemente que cliquem aqui para um resumo decente. Continuar lendo “Um pouco de R&B”

Um pouco de Drum and Bass

О Drum and Bass é originário do Reino Unido e foi concebido no início dos anos 1990, tornando-se notório mundialmente no começo dos anos 2000. Os clubes noturnos londrinos são bastante interessantes pela capacidade de juntar públicos variados que acabam transformando cenas específicas em verdadeiras manifestações culturais. As festas “raves” eram ponto de encontro não só para dançar, como também para troca de ideias sobre assuntos diversos. Algo que não pode ser dito nos dias de hoje e seus festivais, como o Tomorrowland – tendo um espaço gigantesco, mas que acaba deixando uma grande lacuna no que diz respeito à interação das pessoas que estão ali. O propósito disso é simples: fazer as pessoas dançarem até onde os decibéis permitirem e ganhar dinheiro com isso, claro. Ver a cena eletrônica ser resumida dessa maneira é deprimente.

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Synthpop, um guia

Talvez para a surpresa de muitos, esse é um gênero muito recorrente no cenário pop atual e que está longe de dar sinais de cansaço. O Synthpop tem como origem o Japão e o Reino Unido, entre as décadas de 1970 e 1980 quando aconteceu a inserção de sintetizadores no Rock Progressivo, Disco Music e o Art Rock. Continuar lendo “Synthpop, um guia”

Um pouco de Trap

Começando em Nova York e Los Angeles num confronto de provocações agressivas devido à centralização da cultura Hip Hop. Trap ou Hardcore Hip Hop é um dos gêneros mais indigestos e controversos da música moderna. Vai de apologia a crimes até ser abertamente preconceituoso com qualquer questão social, seja minoria ou não. Por passar uma mensagem de forma crua e direta, esse ódio trocado muitas vezes vai ser relacionado a criminosos de fato. Com a briga territorial em ebulição nos anos 1980, já se pode notar o separatismo gritante dos E.U.A, onde alguns estilos musicais são usados como arma. Continuar lendo “Um pouco de Trap”

Future Bass, um guia

Estou de volta para falar do estado de calamidade pública – com proporções globais – que se tornou a música eletrônica de uns tempos para cá. Aviso, de antemão, que terei de separar os gêneros em postagens diferentes no intuito de descomplicar e evitar excesso de informação. Dito isso, vamos lá. Continuar lendo “Future Bass, um guia”