Synthpop, um guia

Talvez para a surpresa de muitos, esse é um gênero muito recorrente no cenário pop atual e que está longe de dar sinais de cansaço. O Synthpop tem como origem o Japão e o Reino Unido, entre as décadas de 1970 e 1980 quando aconteceu a inserção de sintetizadores no Rock Progressivo, Disco Music e o Art Rock.

Como o gênero possui uma vasta lista de influenciadores, deixarei uma menção honrosa a David Bowie e sua trilogia composta pelos álbuns “Low” (1977), “Heroes” (1977) e “Lodger” (1979) que são sempre apontados como referência. Mesmo sendo composto por instrumentos simples como sequenciador, drum machine, teclado e sintetizador, o Synthpop mantinha um charme pela sonoridade inovadora para a época. “Domino Dancing” do duo britânico Pet Shop Boys é um bom exemplo:

Dessa vez não vou deixar passar o grupo pop sul-coreano Wonder Girls, que apostou exatamente na sonoridade do antigo Synthpop com a faixa “I Feel You”:

O gênero perdeu espaço com a chegada do Indie Rock e o Grunge no início dos anos 1990 até ser deixado de lado por completo nos anos 2000, mas não no Japão. O grupo Perfume é um dos maiores exemplos da adaptação do Synthpop para algo completamente repaginado e sem a perda de suas características principais. Sua reviravolta veio no ano de 2008, com o lançamento do álbum “Game”, o que levou a um interesse renovado do público pelo Technopop dentro da música popular japonesa, ou simplesmente J-Pop.

Antigamente a discussão girava em torno da ausência de instrumentos “reais”, o que pode ser lido como: não é música de verdade. Obviamente que com todo o avanço tecnológico das últimas décadas, incluindo na música, tanto no cenário pop quanto em outros estilos musicais, o Synthpop foi abraçado novamente e, agora, contando mais ainda com a força da música eletrônica. Uma curiosidade: Giorgio Moroder foi pioneiro ao usar o sequenciador de batidas quatro-por-quatro na década de 1970, criando assim a estrutura usada até hoje na música pop mundial. Também conhecida como “Four on the floor”, ela (a estrutura) mantém a música no mesmo tempo (BPM) do início ao fim. Não é por acaso que ultimamente os lançamentos possuam esse “ar retrô”.

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